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Variantes
T11 - Portela de Folgosinho - Manteigas - Cume T12 - Senhora do Espinheiro - Penhas Douradas T13 - Seia - Charcos T14 - Covilhã - Penhas da Saúde - Torre
"Ligação da Guarda a Vide, é um traçado de contrastes. Percorre o fundo de vales e o cimo de planaltos. Passa no ponto mais alto, a Torre (1993m) e no ponto mais baixo, Vide (290m de altitude). Possui, no planalto, culturas de sequeiro em extensas áreas mecanizáveis e, nos vales, culturas de regadio feitas à enxada, em socalcos armados nas encostas. Saida dos frios continentais do planalto da Torre e recolhe ao aconchego do vale de Loriga, com os ares mediterrânicos suavizados pelo Atlântico. É o percurso dos grandes horizontes, da dificuldade, do homem serrano."
Guarda - 1075m
"Situa-se no último esporão Norte da Serra da Estrela, sendo a altitude máxima de 1056 m (na Torre de Menagem do Castelo), dominando a portela natural do planalto beirão. Corresponde à cidade mais elevada do país, com domínio visual dos vales do Mondego e do Côa, o que cedo se manifestou como carácter preponderantemente defensivo.
As condições que o concelho apresenta não são as mais propícias à instalação de uma comunidade humana, todavia alguns elementos permitem datar uma presença humana em épocas remotas, como o final do Neolítico, princípios do Calcolítico, com um testemunho funerário, a anta de Pêra do Moço (freguesia de Pêra do Moço), datada do IIIº milénio.
Por todo o concelho encontram-se vestígios da Idade do Bronze e do Ferro, em sítios com uma defensabilidade natural, dominando vastos vales. Esta presença está, sem dúvida, relacionada com a prática da mineração, nomeadamente do ferro e do chumbo, e o controlo das portelas naturais, por onde circulavam as rotas do minério. Guarda, cidade mais alta de Portugal, enaltecida por poetas e artistas, ergue-se na vertente noroeste da cadeia montanhosa da Serra da Estrela e é conhecida como a cidade dos 5 Fs: FARTA, FORTE, FRIA, FIEL e FORMOSA, mantendo ainda estas características. "
Chão - 800m
"Esta pequena povoação, com cerca de duas centenas de habitantes, pertence à freguesia de Maçainhas. A sua proximidade da Guarda, uma fábrica de alcatifas e os bons terrenos agrícolas, são determinantes numa certa estabilidade da população. No interior da povoação ainda se mantém as construções em granito, com uma capela do séc. XVI com alpendre exterior."
Pero Soares - 610m
"Com um povoamento concentrado. Pero Soares tem, segundo o último censo, uma população de 76 habitantes, cuja ocupação é essencialmente agrícola. Este aglomerado é atravessado por uma calçada à romana. Segundo os estudiosos, estas calçadas são de construção medieval, tendo sido utilizadas possivelmente até ao séc. XIX."
Vila Soeiro - 580m
"É das povoações mais pequenas do PNSE. Conta apenas com 56 habitantes, que se ocupam essencialmente no sector agrícula. Mantendo ainda um estado original de construção, as suas habitações tradicionais têm uma feição marcadamente rural, mantendo no geral o granito à vista."
Videmonte - 960m
"Uma aldeia rural com 512 habitantes. É a povoação dos grandes rebalhos de ovelhas e cabras, do bem queijo da serra, de boas produções de centeio, batata e castanha. Gente acolhedora e que sabe manter vivas as suas tradições. Apesar da importância do sector primário, a camada jovem já se vai ocupando na indústria têxtil nos Trinta."
Porto de Melo - 1150m
"Esta longa e larga banda de terras altas, de formação xistosa, forma um imenso planalto, por onde corre o rio Mondego no seu percurso de montanha. A área divide-se pelas freguesias de Videmonte, do concelho da Guarda, Folgosinho, do concelho de Gouveia e S. Pedro, do concelho de Manteigas. Povoada por casais isolados de habitação permanente, alguns deles foram outrora abrigos dos pastores transumantes. A cultura do centeio, o pastoreio com o fabrico de Queijo da Serra da Estrela e ainda a floresta são as principais actividades dos habitantes desta área."
Videmonte - 1275m
"Limitada por grandes declives, é com surpresa que um observador encontra esta vasta área aplanada, com solos em xisto e pastagem natural, propícia ao pastoreio. Varrida frequentemente por ventos fortes, torna-se difício qualquer arborização. Encontra-se aqui uma vigia de incêndios dos Serviços Florestais, beneficiando da situação panorâmica do local. este edifício poderá servir de refúgio temporário numa situação de recurso. Para nascente, avista-se o planalto de Videmonte, Guarda e Trancoso. Para norte, as serras da Lapa, Leomil e para sul, o planalto da Torre."
Nave da Cruz - 1489m
"O edifício aqui existente é pertença dos Serviços Florestais, que, na década de sessenta cumpriram um programa especial de arborização para proteger da erosão as cabeceiras do rio Mondego."
Vale do Rossim - 1437m
"Esta barragem serve as centrais da EDP. Tem uma capacidade de 3.400.000m3 e inunda uma área de 371.000m2 com uma bacia vertente total de 10,2km2. Dada a sua situação privilegiada, este local funciona como espaço de recreio e lazer nos meses de Verão."
Vale do Conde - 1437m
"Este pequeno vale glaciárico é coberto por um imenso cervunal, que serve de alimento no Verão ao gado transumante do Sabugueiro. Em solos de turfa, esta associação vegetal, em que o cervum é a espécie dominante, é formada por espécies própria de zonas frias. Encontra-se em todo o planalto acima dos 1600 metros, entre rochedos, em profundos covões ou em extensos vales. São sítios muito sensíveis e raros, com uma expressão única no país. Merecem todo o cuidado, quando percorridos."
Charcos - 1705m
"Pequeno planalto, semeado de charcos (lagoas glaciários), que na Primavera se cobrem de ranúnculos de flor branca, e no Verão servem de bebedouro aos gados transumantes. As águas paradas e as temperaturas baixas destes locais, permitem uma decomposição lenta e imperfeita de espécies de flora e fauna, que se vão depositando no fundo, em camadas de sendimentos que se sucedem no tempo. As lagoas vão desaparecendo e os cervunais ocuparão o seu espaço. O estudo destes depósitos (turfa), por sondagens, dar-nos-ão a conhecer o clima da região, bem como espécies vegetais e animais aí existentes desde os tempos mais remotos."
Cume - 1858m
"Este local também é conhecido pelo Planalto da Expedição desde que ali acampou, no Verão de 1881, um grupo de cientistas da Sociedade de Geografia de Lisboa, chefiado por Hermenegildo Capelo. Era tal o desconhecimento da Serra da Estrela, que mereceu honras de exploração e estudo, qual África no meio de Portugal. Para os que se interessam por conhecer a Serra da Estrela, é importante, ainda hoje, a leitura dos relatórios resultantes desta viagem.
Durante a súbida a imponência dos rochedos vai-se sucedendo, com particular realce para o Cântaro Magro, que se singulariza entre todos na paisagem. A estrutura das rochas e as condições de ensombramento originam nas fendas e cavidades uma vegetação de grande interesse, onde se incluem os endemismos e orófitos mais nótaveis da Estrela."
Torre - 1993m
"Ponto mais alto de Portugal Continental, onde D. João VI (1816-1826), mandou erigir uma torre toda em pedra, para completar os 2000 metros. Deste ponto, a vista alcança pontos culminantes, desde a Serra da Boa Viagem em Buarcos, até à Serra de Gredos em Espanha, no Marão em Trás-os-Montes à Serra de Portalegre no Alentejo. Na década de 50, construiram-se as instalações da Força Área, que abrigaram o radar. Foram desactivadas em 1970. Actualmente é um Centro de Vendas e Posto de Informação."
Covão do Meio - 1650m
"A população de Loriga sempre utilizou a água destas lagoas, do alto da serra, para regar os campos e produzir energia. Ao ser construída a barragem, na década de 50, esse direito foi assegurado. No princípio do Verão, a água contida na barragem é esvaziada para a Lagoa Comprida, através dum túnel com 2354m, ficando o caudal natural disponível para uso da população, durante os três meses. Esta barragem tem uma altura de 25 metros, volume de betão de 9500m3. A albufeira tem a capacidade de 1.114.000m3 de água inundando uma área de 80.920m2. A bacia vertente é de 4,5 km2.
Neste vale, à volta das aldeias, sucedem-se admiráveis terraços, construídos ao longo de centenas de metros de desnível. A paisagem de Loriga, associando uma imensa escadaria de terraços, que vai do fundo do vale ao cima da aldeia, com alguns prados nas encostas, merece figurar entre os exemplos mundialmente conhecidos. Foi essencialmente para a cultura do milho, que se transformaram as encostas em terraços, onde crescia um manto impenetrável de urze, tojo e medronheiros, frequentadas esporádicamente por pastores e carvoeiros."
Loriga - 770m
"A origem deste povoamento é muito remota, pois teve ocupação romana, sueva e moura, havendo notícia de castro. A própria palavra "Loriga" significa saia de malha, feita de correias e couros usada pelos guerreiros medievais. As suas águas são abundantes e descem pelas encostas, represadas aqui e além em levadas que regam milhos, pastagens e movem, ainda hoje, rodas de moinhos e, outrora, rodas de fábricas. Já adaptada aos nossos dias, mantém-se a indústria de lanifícios e malhas, bem como a metalomecânica, dando-nos a medida exacta do valor industrial desta terra onde vivem cerca de 1604 pessoas.
Para todos os que se interessam pela génese, composição e propriedades das rochas, estas zonas de contacto são de enorme interesse. Os agentes dinâmicos internos da terra, actuando no primitivo manto sedimentar da Serra da Estrela, romperam-no aqui e além criando extensas camadas de granito, que, nos pontos extremos de erupção, modificaram as rochas devido a soluções escapados do magma que cristalizaram e recristalizaram as novas rochas."
Cabeça - 530m
" É uma pequena povoação com cerca de 334 habitantes, situada num morro, sobranceira à ribeira de Loriga. O terreno agricóla está todo armado em socalcos. Aí se utilizam instrumentos agrários bastante primitivos, que nestes locais se transformam nas formas mais ajustadas às necessidades do ambiente. A actividade da resina e a indústria completam o viver desta gente."
Casal do Rei - 380m
"Pequena aldeia com 87 habitantes, constitui um símbolo bem forte do tipo de construção em xisto na área do PNSE. Vivem da agricultura e da resina, com emigração forte para Lisboa. À esquerda da povoação encontra-se uma mata, que segundo o estudo "A vegetação de Casal do Rei", constitui ainda vestígios do que foi a vegetação primitiva desta zona. É obrigatório parar nesta aldeia. Visite o lagar de azeite, o forno, o moinho e as levadas, tudo formas dum viver comunitário. Mas... aprecie, acima de tudo, a simpatia acolhedora desta gente."
Vide - 290m
" Esta freguesia do concelho de Seia possui anexadas ao seu território 28 pequenos lugares, onde vivem na totalidade 1116 habitantes. O seu povoamento é muito antigo, talvez mesmo pré-romano, o que parece confirmado pelos vestígios arqueológicos da região de que a toponímia da circunvizinhança é um reflexo. É atravessada pela ribeira de Alvoco sendo o terreno fértil para a agricultura, principal ocupação dos seus habitantes."
in " À descoberta da Estrela - Grandes Rotas Pedestres - 2ª Edição" in " //www.cm-seia.pt/concelho/ " |
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Casa D Avó Mila (Góis)
Casa da Comareira (Góis)
Restaurante AS TILIAS
daSERRA Restaurante
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